quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Aproveitamento do lixo pelo método da compostagem Reutilizar o lixo doméstico pode reduzi-lo em até 90%

Já parou para pensar quanta coisa você joga fora? Restos de comida, caroços e cascas de frutas e verduras, folhas de árvores, borra de café, todos materiais orgânicos que podem poluir o ambiente. Além deles, existem os plásticos, os vidros, os metais e os papéis. Tudo isso pode ser reaproveitado. Esses últimos por meio de reciclagem e os primeiros através da compostagem.
A compostagem é um método simples, eficiente e barato de reaproveitar a matéria orgânica. Consiste no controle da decomposição dos materiais, de modo que eles se transformem em adubo orgânico. O adubo pode ser usado em jardins, plantações, hortas caseiras e nas plantas domésticas.
A engenheira sanitarista Maria Esther de Castro e Silva, professora do curso Compostagem de Lixo em Pequenas Unidades de Tratamento, desenvolvidos pelo CPT- Centro de Produções Técnicas,  afirma que apesar de parecer um processo complicado e muitas vezes realizado por pequenas indústrias, fazer a compostagem é muito simples.
Ou seja, qualquer um pode dispor de pouco espaço e tempo para aplicar o método, aproveitando assim dos benefícios de um adubo natural, saudável e barato. Para isso, antes de tudo é preciso separar o lixo orgânico do lixo seco, composto por plásticos, vidro, metal e papel. Em seguida, é só montar uma composteira, local onde será feita a compostagem. E ela pode ser feita em casa mesmo.
Para fazer a composteira, é preciso um cesto de plástico grande, um garfo de jardinagem, um pedaço de tela e uma furadeira. Proceda da seguinte maneira:
  • Faça vários furos ao redor do cesto com a furadeira.
  • Forre o interior do recipiente com a tela.
  • Coloque uma camada de resíduo orgânico um pouco mais seco, como cascas de árvores e folhas.
  • Cubra com uma camada menor de material mais úmido e depois com outra camada mais seca nos três primeiros dias.
  • Daí em diante, misture tudo com o garfo e vá acrescentando novas porções ao cesto.
A composteira pode receber novo conteúdo todos os dias. Depois de, aproximadamente, dois meses o adubo estará pronto para ser usado.
Por: Maria Clara Corsino.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Comer carne de inseto é melhor para o meio ambiente, dizem cientistas

Insetos comestíveis
Criar insetos produz quantidades muito menores de gases de efeito estufa por quilograma de carne do que criar bois e porcos.
Esta é a conclusão de cientistas da Universidade de Wageningen, na Suécia, que uniram forças com o governo e com a indústria daquele país para investigar se a criação de insetos comestíveis poderia ser uma alternativa para a produção de proteínas de forma mais sustentável.
A carne de inseto seria, portanto, segundo os cientistas, uma forma alternativa de proteínas, capaz de substituir as formas mais convencionais de carne.
Sustentabilidade da carne de insetos
A criação de gado é um dos principais geradores de gases de efeito estufa.
Para avaliar a sustentabilidade da produção de carne de insetos, os pesquisadores quantificaram a produção de gases de efeito estufa de várias espécies de insetos comestíveis.
Se parece estranho, basta saber que esta é a primeira vez que alguém avalia os gases de efeito estufa gerados por quilograma de carne de inseto criado em cativeiro. Os gases em questão foram o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
Comer insetos já não é algo tão estranho - segundo a Bíblia, tanto João Batista quanto Jesus comeram insetos em seus retiros de meditação no deserto. Várias comunidades na Ásia e na África mantêm a prática até hoje.
O estudo foi publicado na conceituada revista científica PLoS ONE, no último dia 29 de dezembro.
Carne de insetos
Os resultados demonstram que os insetos produzem quantidades muito menores de gases de efeito estufa do que a pecuária convencional, tanto de bovinos quanto de suínos.
Por exemplo, um suíno produz entre 10 e 100 vezes mais gases de efeito estufa por quilo do que o bicho da farinha, um verme comestível.
As emissões de amônia (que provoca a acidificação e a eutrofização das águas subterrâneas), também parecem ser significativamente menores.
Um porco produz entre oito e 12 vezes mais amônia por quilo em comparação com os grilos, e até 50 vezes mais do que os gafanhotos.
Uma vantagem adicional dos insetos em relação aos mamíferos é que eles convertem o alimento em carne mais rapidamente.
Proteínas alternativas
O estudo indica que as proteínas provenientes dos insetos comestíveis constituem, em princípio, uma alternativa ambientalmente amigável às proteínas da carne de gado.
Segundo os cientistas, serão necessárias mais pesquisas para verificar se a produção de um quilo de proteína de inseto é também mais ambientalmente amigável do que a proteína animal convencional quando toda a cadeia produtiva é levada em conta.

 Redação do Diário da Saúde