segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Eis algumas orientações básicas do que devemos fazer:

Como sobreviver perdido na selva?


Esse é o tipo de situação que a gente espera que nunca aconteça. Porém, se um dia você se perder no meio do mato - seja porque escapou de um acidente aéreo ou se extraviou do grupo durante um passeio -, a primeira recomendação é óbvia: não entre em pânico. "Se isso acontecer, suas chances de sobrevivência serão praticamente nulas", diz o tenente-coronel da reserva Luiz Fernando Pissolatti, que serviu três anos no 3º Comando de Fronteira do Amapá, na Amazônia. Além disso, evite sair perambulando feito barata tonta. Se até os mateiros mais experientes têm dificuldade para se orientar numa floresta, imagine você. Em vez de andar à toa, sente-se e tente descansar - concentrando sua atenção em como procurar alimento e água potável (veja as recomendações específicas ao lado). "Com calma e atenção, você deve preservar sua capacidade de reagir. A selva não pertence ao mais forte, mas ao mais inteligente", afirma Luiz Fernando.
Olhe para os lados e veja se descobre onde está, por onde veio e para onde quer ir. Se tiver uma bússola e um mapa da região, grande parte de seus problemas de orientação estarão resolvidos. Se não, você poderá começar a se deslocar em busca de ajuda, desde que tome as devidas precauções descritas aqui. Nunca ande à noite, mesmo que tenha uma lanterna e consiga enxergar alguma coisa, porque a maioria dos predadores tem hábitos noturnos. me
Cuidados com o corpo
É essencial manter-se fisicamente íntegro. Por isso, cuide bem de qualquer arranhão, queimadura ou picada de inseto para evitar infecções. Mantenha os hábitos de higiene, se possível tomando banho todos os dias. Se não der, mantenha pelo menos mãos, rosto, axilas, virilhas e pés limpos. Lembre-se de que, na selva, você precisará muito de seus pés: todo cuidado com eles é pouco.
Abrigo e fogueira
Procure uma clareira para montar uma cabana rudimentar. Troncos e galhos podem ser usados para o teto e a estrutura de suporte. A amarração deve ser feita com cipós ou cascas de árvore. Palha ou folhas de palmeiras podem ser usadas na cobertura. Para ter um pouco de conforto, improvise uma cama, suspensa a alguns centímetros do chão, com varas e palha. Cave um buraco e faça uma fogueira para manter os animais a distância - mas não se esqueça de apagá-la depois, para não provocar incêndios.
Orientação
É dureza se orientar na mata. No caso de uma floresta equatorial, como a Amazônica, a densidade da vegetação só permitirá que você veja 10 a 30 metros à frente. As copas fechadas das árvores muitas vezes não deixam ver nem o céu. Uma dica é cortar sempre os galhos por onde se passa para marcar o caminho. Outra orientação é seguir cursos d’água, porque eles sempre vão dar num rio maior. Mas, atenção: se estiver na Amazônia, evite entrar na água, para não ser pego de surpresa por um jacaré ou uma cobra...
Alimentos
Não existe uma forma 100% segura de saber se uma planta é ou não venenosa. Mas dá para ficar atento a alguns detalhes. Por exemplo: frutos comidos por animais são confiáveis. Se você não reconhecer uma planta, use os brotos subterrâneos, que são mais tenros e saborosos. Não consuma vegetais que tenham pêlos, gosto amargo ou seiva leitosa. Para eliminar o teor tóxico dos vegetais, ferva-os por cinco minutos, trocando a água duas ou três vezes.
Água
Encontrar água para beber deve ser sua primeira preocupação. Existem várias formas de obtê-la. A mais indicada é aproveitar a água da chuva que escorre por galhos ou troncos, usando uma folha para dirigi-la até a boca. Toda a água da floresta é, a princípio, potável, mesmo que seja escura. Mas, se tiver dúvidas, ferva-a por cinco minutos antes de bebê-la. Se precisar filtrar, improvise um coador com peças de roupa.
Animais
Para evitar encontros indesejados, olhe bem por onde anda e nunca meta a mão em buracos. Ande sempre com uma vara, cutucando galhos e árvores. O barulho espanta os animais e a vara serve como defesa. Atenção para o lugar onde vai sentar, evitando toras e árvores caídas, esconderijo predileto de serpentes e escorpiões. Sempre sacuda sapatos e roupas antes de vesti-los. Isso pode livrá-lo de uma picada de aranha ou escorpião. Use suas roupas para se proteger dos insetos, especialmente no final do dia, quando estão mais ativos. Evite coçar as picadas, para que não inflamem.
Sinalização


Sinais de fumaça podem ser úteis durante o dia, se você estiver numa clareira. Na mata fechada, não vão adiantar muito, pois fatalmente serão confundidos com nevoeiros, muitos comuns em florestas. Use folhas com ramos verdes e limo de árvores. À noite, acenda uma fogueira para ser visto por algum avião que cruze a área.


Iury Vasconcelos

Cobra bicuda

Oxybelis fulgidus - Cobra Bicuda; Papagaia; Cobra-Cipó; Cobra Verde; Green Vine Snake.

Diversos nomes para uma das serpentes que mais despertam meu interesse e admiração.
Seus tons de verde a tornam praticamente invisível aos olhos de seus predadores e presas; devido ao seu hábito arborícola e diurno.

Encontrada frequentemente termorregulando em galhos de árvores, se alimenta principalmente de lagartos e também de aves, caçando geralmente por espreita, ou seja, espera sua presa se aproximar, despercebida, e então a imobiliza através de uma forte mordida e com sua peçonha.
Não é um animal tido como peçonheto, porém, esta serpente possui um tipo de dentição chamada de "opstóglifa". Opsto = Depois, fundo; Glifa = Dente, dentição, ou seja, esta serpente, assim como outras tantas possui um par de presas fixas, pequenas, sulcada e não móveis, no fundo de sua maxila, por onde escorre sua peçonha, suficiente para imobilizar e matar suas presas.

Serpente de temperamento tranquilo, quando não importunada, tem como primeiro método de defesa sua camuflagem; quando acuada tende a fugir, ai então, se a fuga não for pertinente, pode desferir dolorosas mordidas a seus predadores ou "pertubadores". Pode atingir cerca de 2 metros de comprimento, com um corpo delgado e leve, típico porte de serpente arborícola, conferindo à ela leveza e agilidade sobre as árvores. Possui uma característica muito peculiar, presente em poucas serpentes, sendo considerada uma característica evolutica bem superior.

Esta espécie, além de outras de parentesco próximo, possui visão binocular, o que lhe permite enxergar em uma campo com profundidade muito maior, e mais real dos objetos, presas e possíveis predadores. Possui um tipo de "sulco", partindo da região anterior ao olho até a região posterior à narina, por onde ela consegue enchergar, em outras palavras, esta serpente pode lhe encarar "de frente" rs...

Possui uma característica defensiva muito interessante. Além de possuir cores que a camuflam perfeitamente em meio aos galhos e folhas verdes, esta serpente adota uma postura típica de se mover, e permanecer imóvel, imitando o balançar de galhos e folhas, como se estivesse sendo "balançada" pelo vento.

Se isso já não bastasse, esta cobra, ao dardejar sua língua, geralmente vibra somente a região mais distal da mesma, evitando ao máximo um movimento muito brusco da língua, tornando-se assim menos visível à seus possíveis predadores.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Curso Básico de Sobrevivência em Área de Selva

Caríssimos, próxima turma prevista para o mês de agosto. Contato: caphenriq33@yahoo.com.br
A aventura continua! SELVA.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Pequenas dicas de sobrevivência na selva

Cuidados com o corpo
É essencial manter-se fisicamente íntegro. Por isso, cuide bem de qualquer arranhão, queimadura ou picada de inseto para evitar infecções. Mantenha os hábitos de higiene, se possível tomando banho todos os dias. Se não der, mantenha pelo menos mãos, rosto, axilas, virilhas e pés limpos. Lembre-se de que, na selva, você precisará muito de seus pés: todo cuidado com eles é pouco.
Abrigo e fogueira
Procure uma clareira para montar uma cabana rudimentar. Troncos e galhos podem ser usados para o teto e a estrutura de suporte. A amarração deve ser feita com cipós ou cascas de árvore. Palha ou folhas de palmeiras podem ser usadas na cobertura. Para ter um pouco de conforto, improvise uma cama, suspensa a alguns centímetros do chão, com varas e palha. Cave um buraco e faça uma fogueira para manter os animais a distância - mas não se esqueça de apagá-la depois, para não provocar incêndios.
Orientação
É dureza se orientar na mata. No caso de uma floresta equatorial, como a Amazônica, a densidade da vegetação só permitirá que você veja 10 a 30 metros à frente. As copas fechadas das árvores muitas vezes não deixam ver nem o céu. Uma dica é cortar sempre os galhos por onde se passa para marcar o caminho. Outra orientação é seguir cursos d’água, porque eles sempre vão dar num rio maior. Mas, atenção: se estiver na Amazônia, evite entrar na água, para não ser pego de surpresa por um jacaré ou uma cobra...
Alimentos
Não existe uma forma 100% segura de saber se uma planta é ou não venenosa. Mas dá para ficar atento a alguns detalhes. Por exemplo: frutos comidos por animais são confiáveis. Se você não reconhecer uma planta, use os brotos subterrâneos, que são mais tenros e saborosos. Não consuma vegetais que tenham pêlos, gosto amargo ou seiva leitosa. Para eliminar o teor tóxico dos vegetais, ferva-os por cinco minutos, trocando a água duas ou três vezes.
Água
Encontrar água para beber deve ser sua primeira preocupação. Existem várias formas de obtê-la. A mais indicada é aproveitar a água da chuva que escorre por galhos ou troncos, usando uma folha para dirigi-la até a boca. Toda a água da floresta é, a princípio, potável, mesmo que seja escura. Mas, se tiver dúvidas, ferva-a por cinco minutos antes de bebê-la. Se precisar filtrar, improvise um coador com peças de roupa.
Animais
Para evitar encontros indesejados, olhe bem por onde anda e nunca meta a mão em buracos. Ande sempre com uma vara, cutucando galhos e árvores. O barulho espanta os animais e a vara serve como defesa. Atenção para o lugar onde vai sentar, evitando toras e árvores caídas, esconderijo predileto de serpentes e escorpiões. Sempre sacuda sapatos e roupas antes de vesti-los. Isso pode livrá-lo de uma picada de aranha ou escorpião. Use suas roupas para se proteger dos insetos, especialmente no final do dia, quando estão mais ativos. Evite coçar as picadas, para que não inflamem.