Guardiões da Floresta: Os Elementais do Brasil
Não
é segredo para ninguém que sou apaixonado por folclore brasileiro. A
estreita relação entre pagãos e a Natureza acaba fortalecendo um
sentimento de interesse em relação aos elementais. Para quem ainda não
sabe, os elementais são definidos como energias etéreas (ou espirituais)
dos quatro elementos básicos da Natureza (terra, fogo, água e Ar). Os
elementais mais famosos são as fadas (ar), salamandras (fogo), sereianos
(água) e os pequenos gnomos (terra).
Mas existe um detalhe, todos esses famosos personagens citados anteriormente fazem parte do folclore europeu, que possui seu próprio clima, vegetação e condições peculiares para a geração desse tipo de energia. No Brasil também temos nossos elementais, que aqui são conhecidos como “Guardiões da Natureza”. Dentre os Guardiões da Natureza mais conhecidos estão enquadrados os protetores das matas (Terra), protetores dos rios e mares (Água) e as cobras de fogo ou fogos-fátuos (Fogo). Em obras sobre folclore brasileiro também existem referências a pássaros metamórficos, que poderiam ser considerados elementais do Ar. Aqui me limitarei a escrever um pouco sobre três espécies elementais nativas do Brasil: o Curupira, o Mapinguari (considerados Guardiões das Matas) e a Iara (Guardiã das Águas). O Curupira é uma das lendas mais antigas do Brasil, os relatos sobre este ser são difundidos desde a época da colonização dos jesuítas em terras indígenas. Seu nome deriva do tupi (curu= abreviatura de curumim= menino + pira= pelo [alguns folcloristas defendem que esse termo pode ser interpretado como corpo]). O Curupira é descrito como um ser andrógino com cerca de um metro de altura, pés virados para trás, corpo peludo e cabelos avermelhados. Acredita-se que ele seja um justiceiro das matas, castigando todo homem que extraia da floresta mais do que lhe é necessário. Ele não possui má índole, pelo contrário, apesar do aspecto horripilante, o Curupira é um amante da fauna e da flora, castiga o homem apenas quando este último faz por merecer. Lembro-me de que, quando eu era criança, meu avô materno contava seus relatos sobre encontros com esse tipo de espírito da Natureza. Ainda em vida ele me relatou que levou uma “surra” de um Curupira, quando morava em região de mata na Amazônia, pois resolveu passar por uma região proibida (que era habitada pelo próprio Curupira). Se você quiser entrar em sintonia com a energia deste Elemental e pedir proteção (para propriedades rurais, fazendas, sítios, e afins) dedique a ele uma vela verde e algumas frutas, que devem ser deixadas na natureza.
O Mapinguari é da mesma categoria que o Curupira, mas parece ser bem mais agressivo e rigoroso no cumprimento de sua função de protetor das matas. Possui um aspecto simiesco e tem apenas um olho no meio da testa. De acordo com algumas fontes, ele só aparece em dias “santos” e feriados.
A Iara (etimologia: do Tupi; Y= água + ara= senhora, mãe), também é conhecida como Mãe d’água ou Uiara. Aparece cantando e penteando seus cabelos em noites de luar, na forma de uma belíssima sereia, sentada às margens de um lago, rio ou praia deserta. É uma defensora dos reinos aquáticos, um Elemental das águas. Conta-se que aqueles que por acaso a verem podem perder a visão ou enlouquecer diante de tamanho deslumbre. Como presentes, a mãe d’água gosta de receber pentes, pérolas e espelhos.
Mas existe um detalhe, todos esses famosos personagens citados anteriormente fazem parte do folclore europeu, que possui seu próprio clima, vegetação e condições peculiares para a geração desse tipo de energia. No Brasil também temos nossos elementais, que aqui são conhecidos como “Guardiões da Natureza”. Dentre os Guardiões da Natureza mais conhecidos estão enquadrados os protetores das matas (Terra), protetores dos rios e mares (Água) e as cobras de fogo ou fogos-fátuos (Fogo). Em obras sobre folclore brasileiro também existem referências a pássaros metamórficos, que poderiam ser considerados elementais do Ar. Aqui me limitarei a escrever um pouco sobre três espécies elementais nativas do Brasil: o Curupira, o Mapinguari (considerados Guardiões das Matas) e a Iara (Guardiã das Águas). O Curupira é uma das lendas mais antigas do Brasil, os relatos sobre este ser são difundidos desde a época da colonização dos jesuítas em terras indígenas. Seu nome deriva do tupi (curu= abreviatura de curumim= menino + pira= pelo [alguns folcloristas defendem que esse termo pode ser interpretado como corpo]). O Curupira é descrito como um ser andrógino com cerca de um metro de altura, pés virados para trás, corpo peludo e cabelos avermelhados. Acredita-se que ele seja um justiceiro das matas, castigando todo homem que extraia da floresta mais do que lhe é necessário. Ele não possui má índole, pelo contrário, apesar do aspecto horripilante, o Curupira é um amante da fauna e da flora, castiga o homem apenas quando este último faz por merecer. Lembro-me de que, quando eu era criança, meu avô materno contava seus relatos sobre encontros com esse tipo de espírito da Natureza. Ainda em vida ele me relatou que levou uma “surra” de um Curupira, quando morava em região de mata na Amazônia, pois resolveu passar por uma região proibida (que era habitada pelo próprio Curupira). Se você quiser entrar em sintonia com a energia deste Elemental e pedir proteção (para propriedades rurais, fazendas, sítios, e afins) dedique a ele uma vela verde e algumas frutas, que devem ser deixadas na natureza.
O Mapinguari é da mesma categoria que o Curupira, mas parece ser bem mais agressivo e rigoroso no cumprimento de sua função de protetor das matas. Possui um aspecto simiesco e tem apenas um olho no meio da testa. De acordo com algumas fontes, ele só aparece em dias “santos” e feriados.
A Iara (etimologia: do Tupi; Y= água + ara= senhora, mãe), também é conhecida como Mãe d’água ou Uiara. Aparece cantando e penteando seus cabelos em noites de luar, na forma de uma belíssima sereia, sentada às margens de um lago, rio ou praia deserta. É uma defensora dos reinos aquáticos, um Elemental das águas. Conta-se que aqueles que por acaso a verem podem perder a visão ou enlouquecer diante de tamanho deslumbre. Como presentes, a mãe d’água gosta de receber pentes, pérolas e espelhos.
Fotos e Texto: Rafael Nolêto
Amei!!!
ResponderExcluirOi Morgana, obrigado pela visita! escrevi pra vc, espero sua resposta ok! Abraços fraternos.
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