sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Areia Movediça

A areia movediça, também conhecida, no norte do Brasil, como areia gulosa ou areia engolideira, é um fenômeno natural que a maioria das pessoas conhece do cinema, televisão e quadrinhos, onde um personagem que cai em areia movediça é tragado por ela até desaparecer por completo, a menos que consiga se agarrar num galho, cipó ou raiz e se içar para fora, ou que seja salvo por outro personagem.
Ao contrário da imagem criada pelos filmes de cinema, no entanto, ninguém desaparece dentro da areia movediça. A ocorrência da areia movediça dá-se quando finas e soltas partículas de areia são submetidas a um fluxo ascendente de água, que preenche os espaços entre os grãos, reduzindo o atrito entre eles, o que faz com que a areia se comporte como um líquido. A viscosidade da areia movediça diminui com movimentos bruscos. Portanto, a pessoa deve movimentar-se devagar e tentar boiar, o que é muito fácil na areia movediça por causa da densidade (muito maior que na água salgada). Em alguns lugares à beira-mar, porém, há o perigo da vítima se afogar em água se ainda estiver presa na areia movediça quando a maré subir, ou de hipotermia.
Existe ainda a areia movediça seca, por muito tempo considerada uma lenda dos desertos, mas recentemente reproduzida em laboratório por cientistas holandeses. Os pesquisadores injetaram ar comprimido pelo fundo de uma caixa contendo areia com grãos de 0,04 mm de diâmetro e a deixaram assentar; o resultado foi uma areia movediça onde bolas de pingue-pongue afundaram rapidamente a uma profundidade de até seis vezes o seu diâmetro e, um décimo de segundo depois, um esguicho de areia se eleva até cinco vezes o tamanho do objeto que afundou. Acredita-se que a areia movediça dos desertos se forme pela ação das tempestades de areia.
As tensões efetivas são as que realmente controlam todas as características de deformação e resistência dos solos. No caso dos solos arenosos, é a tensão efetiva, atuando em determinado plano, que determina a resistência ao cisalhamento desses solos. Essa tensão efetiva , multiplicada pelo correspondente coeficiente de atrito  fornece a resistência do cisalhamento do solo(s).

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