quarta-feira, 8 de junho de 2011

LIXO URBANO E A QUESTÃO AMBIENTAL

Tema é atual e cada vez mais discutido no mundo



As questões ambientais relacionadas ao lixo urbano costumam entusiasmar menos os estudantes do que o aquecimento global ou o buraco na camada de ozônio. Mas os vestibulares têm dado bastante atenção ao assunto.

Não é raro ouvirmos algumas pessoas fazerem discursos inflamados sobre os mais variados assuntos, como as injustiças sociais ou os juros altos, enquanto jogam suas bitucas de cigarro no chão ou atiram pelas janelas de seus carros todo tipo de lixo.

Recentemente presenciei, em uma grande avenida de São Paulo, o discurso que um "ambientalista" fazia contra o desmatamento da Amazônia. Mal havia terminado, passou a arremessar ao chão as cascas de uma fruta que estava comendo. Advertido por um colega, deu uma resposta incrível: "Mas não há cesto de lixo perto. Além do mais, é orgânico".

Não passou pela cabeça do cidadão, preocupadíssimo com o ambiente amazônico, a idéia de segurar as cascas até encontrar um lixo.

O destino dado às toneladas de lixo sólido geradas diariamente nas cidades é de grande importância para as populações urbanas. É um problema comum a todos os países. O acúmulo de lixo nas ruas provoca mau cheiro e propicia a proliferação de ratos, de insetos e de várias doenças.

No Brasil, a maior parte desse lixo é jogada em "lixões" --depósitos a céu aberto-- sem nenhum tratamento. Alguns municípios utilizam os aterros sanitários --locais onde o lixo é depositado em camadas recobertas por terra--, no geral, menos nocivos, desde que o chorume (líquido percolante) e os gases, ambos gerados pela decomposição do material orgânico, sejam tratados adequadamente.

A coleta seletiva para a reciclagem é tímida no país. Uma pesquisa divulgou que uma das razões da pequena colaboração da população é que "dá muito trabalho". Assim fica difícil.

Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
Fonte: Folha de São Paulo

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